Chegou o mês de Outubro e, com ele, novo limiar de uma época desportiva na vida do Rugby Clube de Loulé.
Nestes cíclicos reinícios, é da praxe a difusão de mensagens mais ou menos esperançosas, de cariz mais ou menos premonitório, vaticinando resultados num desfiar de objectivos mais ou menos optimistas.
Fiquei, pois, deveras preocupado com o desafio que me lançaram para elaborar uma mensagem para este início de época. Não que as vitórias não estejam nos meus horizontes. Estaria a mentir se o afirmasse porque, o trabalho afincado dos atletas, técnicos, colaboradores e dirigentes do RCL são o penhor dessas previsíveis vitórias. Mas, será que o sucesso desportivo deverá ser elevado à categoria de objectivo mais importante a atingir nesta época que se avizinha?
Que me perdoem, pois, todos aqueles que assim o consideram, porque não corroboro com a vossa opinião.
Para esta época que agora se inicia elegi duas grandes aspirações à mais contemporânea designação de objectivos para o nosso clube. Ambos distintos um do outro, de génese e condicionalismos próprios, dado que, se o cumprimento ou incumprimento de um deles foge, em toda a linha, ao nosso controlo, o outro, pelo contrário, não depende de mais ninguém do que de nós todos.
Mas, antes de passar à sua enumeração, não posso deixar de tecer algumas considerações sobre a nossa condição de atletas, técnicos, colaboradores ou dirigentes, relativamente ao clube que servimos.
Cada um de nós, enquanto indivíduos, procuramos contribuir, de uma forma ou de outra, para o engrandecimento do Rugby Clube de Loulé. Fazemo-lo na medida das nossas aptidões e disponibilidades e, de forma desigual: uns de um modo essencialmente altruísta e desinteressado; e outros perseguindo, certamente, algum interesse legítimo e, por isso, inatacável, mas sempre com o fito de tornar maior o nosso RCL. Clube que, estando aberto às pessoas que o mantém vivo, a exemplo de tantas outras instituições, deve estar sempre acima das nossas pequenas motivações, porque as mesmas são efémeras quando comparadas com a previsível longevidade do colectivo. Esta aparente desqualificação da nossa acção individual, pela via indirecta do correr do calendário, apenas pode ser combatida pelas marcas que formos capazes de deixar na memória colectiva.
E, é com esse intuito que lanço o repto a todos os atletas, técnicos, colaboradores e dirigentes de deixarmos como nossa marca na memória do RCL um nível disciplinar de excelência, que inclui, também, a erradicação dos excessos de linguagem na comunicação interna do clube e para o exterior dele, dentro ou fora das quatro linhas, alcançado através da permanência do nosso esforço diário.
Este é um dos dois objectivos que delineei para a presente época.
A atestar a importância de alcançarmos este objectivo, ficam as palavras de um árbitro que, em tempos, me confidenciava que, apesar da natural imparcialidade do árbitro, em caso de dúvida, este terá sempre uma tendência maior para penalizar os indisciplinados do que aqueles que o não são.
Estou consciente de que não se trata de um desafio simples, nem será fácil atingi-lo na plenitude. A sua concretização, contudo, apenas depende de nós, nas diversas funções que desempenhamos, através, não só, dos nossos mecanismos de autocontrolo, mas também do simples exercício dos nossos direitos de cidadania, alertando, sempre que necessário, os nossos colegas para eventuais comportamentos desviantes. Creio, portanto, que, com um pequeno esforço de todos, será possível celebrá-lo no encerramento da época.
A outra grande aspiração para à época que agora iniciamos é a recuperação da nossa sede, que nos subtraída, faz um ano precisamente neste mês de Outubro.
A sua perda, à revelia da nossa vontade e às mãos da indiferença da estrutura autárquica, representou para o nosso clube uma tão grande perda como a maior das cisões. Perdas, não apensas em termos financeiros, apesar de bastante importantes, mas principalmente, em termos de coesão do grupo, colocando à prova a força do Rugby Clube de Loulé, que, pela via da privação da sua casa, se tornou numa espécie de clube vagabundo que tem na rua a sua sala de visitas.
Ao longo deste ano conseguimos garantir, a bastante custo e à míngua de condições, não apensas a sobrevivência do clube, mas também, a sua actividade regular, sempre conscientes de que vivemos momentos muito difíceis que não poderão ser replicados até à exaustão, sem colocarmos em risco estas duas realidades.
Eis porque elegi a disciplina e a recuperação em pleno da nossa no Anfiteatro António Aleixo como os grandes objectivos para a presente época, sem perder de vista os bons resultados que, todos vós, certamente, não deixareis de alcançar.
O Presidente da Direcção,
Paulo Henrique Vinhas Laginha dos Ramos
Nestes cíclicos reinícios, é da praxe a difusão de mensagens mais ou menos esperançosas, de cariz mais ou menos premonitório, vaticinando resultados num desfiar de objectivos mais ou menos optimistas.
Fiquei, pois, deveras preocupado com o desafio que me lançaram para elaborar uma mensagem para este início de época. Não que as vitórias não estejam nos meus horizontes. Estaria a mentir se o afirmasse porque, o trabalho afincado dos atletas, técnicos, colaboradores e dirigentes do RCL são o penhor dessas previsíveis vitórias. Mas, será que o sucesso desportivo deverá ser elevado à categoria de objectivo mais importante a atingir nesta época que se avizinha?
Que me perdoem, pois, todos aqueles que assim o consideram, porque não corroboro com a vossa opinião.
Para esta época que agora se inicia elegi duas grandes aspirações à mais contemporânea designação de objectivos para o nosso clube. Ambos distintos um do outro, de génese e condicionalismos próprios, dado que, se o cumprimento ou incumprimento de um deles foge, em toda a linha, ao nosso controlo, o outro, pelo contrário, não depende de mais ninguém do que de nós todos.
Mas, antes de passar à sua enumeração, não posso deixar de tecer algumas considerações sobre a nossa condição de atletas, técnicos, colaboradores ou dirigentes, relativamente ao clube que servimos.
Cada um de nós, enquanto indivíduos, procuramos contribuir, de uma forma ou de outra, para o engrandecimento do Rugby Clube de Loulé. Fazemo-lo na medida das nossas aptidões e disponibilidades e, de forma desigual: uns de um modo essencialmente altruísta e desinteressado; e outros perseguindo, certamente, algum interesse legítimo e, por isso, inatacável, mas sempre com o fito de tornar maior o nosso RCL. Clube que, estando aberto às pessoas que o mantém vivo, a exemplo de tantas outras instituições, deve estar sempre acima das nossas pequenas motivações, porque as mesmas são efémeras quando comparadas com a previsível longevidade do colectivo. Esta aparente desqualificação da nossa acção individual, pela via indirecta do correr do calendário, apenas pode ser combatida pelas marcas que formos capazes de deixar na memória colectiva.
E, é com esse intuito que lanço o repto a todos os atletas, técnicos, colaboradores e dirigentes de deixarmos como nossa marca na memória do RCL um nível disciplinar de excelência, que inclui, também, a erradicação dos excessos de linguagem na comunicação interna do clube e para o exterior dele, dentro ou fora das quatro linhas, alcançado através da permanência do nosso esforço diário.
Este é um dos dois objectivos que delineei para a presente época.
A atestar a importância de alcançarmos este objectivo, ficam as palavras de um árbitro que, em tempos, me confidenciava que, apesar da natural imparcialidade do árbitro, em caso de dúvida, este terá sempre uma tendência maior para penalizar os indisciplinados do que aqueles que o não são.
Estou consciente de que não se trata de um desafio simples, nem será fácil atingi-lo na plenitude. A sua concretização, contudo, apenas depende de nós, nas diversas funções que desempenhamos, através, não só, dos nossos mecanismos de autocontrolo, mas também do simples exercício dos nossos direitos de cidadania, alertando, sempre que necessário, os nossos colegas para eventuais comportamentos desviantes. Creio, portanto, que, com um pequeno esforço de todos, será possível celebrá-lo no encerramento da época.
A outra grande aspiração para à época que agora iniciamos é a recuperação da nossa sede, que nos subtraída, faz um ano precisamente neste mês de Outubro.
A sua perda, à revelia da nossa vontade e às mãos da indiferença da estrutura autárquica, representou para o nosso clube uma tão grande perda como a maior das cisões. Perdas, não apensas em termos financeiros, apesar de bastante importantes, mas principalmente, em termos de coesão do grupo, colocando à prova a força do Rugby Clube de Loulé, que, pela via da privação da sua casa, se tornou numa espécie de clube vagabundo que tem na rua a sua sala de visitas.
Ao longo deste ano conseguimos garantir, a bastante custo e à míngua de condições, não apensas a sobrevivência do clube, mas também, a sua actividade regular, sempre conscientes de que vivemos momentos muito difíceis que não poderão ser replicados até à exaustão, sem colocarmos em risco estas duas realidades.
Eis porque elegi a disciplina e a recuperação em pleno da nossa no Anfiteatro António Aleixo como os grandes objectivos para a presente época, sem perder de vista os bons resultados que, todos vós, certamente, não deixareis de alcançar.
O Presidente da Direcção,
Paulo Henrique Vinhas Laginha dos Ramos
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